A Assembleia Legislativa de Roraima emitiu uma nota de repúdio, na quarta-feira, 6 de setembro, criticando a decisão do Governo Federal de criar e ampliar Unidades de Conservação no estado sem a devida consulta à bancada representativa, conforme acordado em reunião anterior com o vice-presidente Geraldo Alckmin, na ocasião no exercício da Presidência da República.
A Casa Legislativa ressaltou que ao longo dos meses tem feito diversas manifestações para que o Governo Federal ouça a população e seus representantes. Em junho, por exemplo, foi aprovada uma Moção de Protesto ao Ministério do Meio Ambiente, que comunicou ao Poder Executivo sobre a previsão de criação e ampliação de áreas de conservação.
Um dos episódios destacados foi a manifestação pacífica realizada pelos moradores da Vila Petrolina e regiões vizinhas, em Caracaraí, protestaram contra a ampliação do Parque Nacional do Viruá. com o intuito de chamar a atenção do Governo Federal e evitar a ampliação do Parque Nacional do Viruá. Os manifestantes alegaram que a ampliação prejudicaria milhares de famílias que geram renda para o Estado.
A assinatura de decretos que criam a Unidade de Conservação Floresta Nacional do Parima, ampliam o Parque Nacional do Viruá e a Estação Ecológica de Maracá, motivou a Assembleia Legislativa de Roraima a vir a público para manifestar seu sentimento de indignação. Segundo o Poder Legislativo estadual, falta de diálogo demonstrada pelo Governo Federal é lamentável, e a Casa garante que continuará lutando em busca de justiça para garantir os direitos do povo de Roraima.
“É com sentimento de indignação, que o Poder Legislativo se manifesta hoje, ao saber pela imprensa nacional, da assinatura de decretos que criam a Unidade de Conservação Floresta Nacional do Parima, no município de Amajari, ampliam a Unidade de Conservação Parque Nacional do Viruá, no município de Caracaraí, acrescentando, aproximadamente, 54 mil hectares de área, e ampliam a Estação Ecológica de Maracá em 50,7 mil hectares, localizada nos municípios de Alto Alegre e Amajari”, dia a nota de repúdio da ALERR.