O Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth tem se destacado ao apresentar bons resultados em números e em qualidade de atendimento, o que fez com que chamasse a atenção do Ministério da Saúde. 

Na sexta-feira, 19, o diretor da maior maternidade da Região Norte, Manuel Roque, apresentou à equipe da Rede Alyne um panorama sobre os avanços alcançados e os principais desafios que ainda precisam ser superados na assistência materno-infantil em Roraima. 

Manuel Roque explicou que foi apresentada toda a parte estrutural da maternidade, protocolos, fluxos e principais desafios, entre eles a assistência às pacientes indígenas e imigrantes. 

“Foi muito positivo, porque surgiram novos olhares para Roraima e agora podemos dar um passo à frente, com a possibilidade de sermos apoiadores de outras unidades. Isso representa um ganho muito grande para toda a nossa equipe, pois é o fruto do nosso trabalho sendo reconhecido a nível nacional”, afirmou o diretor. 

A Rede Alyne foi criada em memória de Alyne Pimentel, jovem brasileira que morreu em decorrência de falhas no atendimento obstétrico. A iniciativa busca fortalecer a qualidade e a segurança da assistência materna e neonatal no Brasil, com foco na redução da mortalidade e no combate às desigualdades que afetam mulheres em situação de vulnerabilidade. 

Para o diretor, o reconhecimento nacional reflete o empenho da equipe e motiva novos avanços. 

“Alguns pontos foram elencados pela coordenadora nacional para melhorias, como a conclusão do cadastro de leitos pendentes e a ampliação do faturamento. Essa notícia foi recebida com muita felicidade pela equipe, porque mostra que todo o esforço está dando resultados. Estamos colhendo frutos e ainda mais motivados a melhorar cada vez mais”, disse Roque. 

PANORAMA 

Roraima, com cerca de 730 mil habitantes, é o estado que mais cresceu em população nos últimos anos, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e esse cenário impacta diretamente a maior maternidade da Região Norte. 

No primeiro semestre de 2025, 4.390 puérperas e 4.853 bebês passaram pelo alojamento pediátrico, espaço que garante cuidados para recém-nascidos que não necessitam de UTI, favorecendo o vínculo familiar e o aleitamento materno. 

Entre setembro de 2024 e setembro de 2025, o HMI registrou uma redução de 48,8% na taxa de ocupação, resultado de melhorias nos fluxos internos e ampliação da capacidade de atendimento. 

A unidade conta atualmente com 294 leitos de enfermaria, 66 leitos de UTI Neonatal e 6 leitos de UTI Materna, além de blocos especializados em alto risco, parto, puerpério e cirurgias. 

Fonte: Secom