O CBMRR (Corpo de Bombeiros Militar de Roraima) encerrou, nesta sexta-feira, 26, a quarta edição de um curso de abordagem técnica para 25 agentes de diferentes forças de segurança e saúde para aprimorar a atuação em atendimentos a pessoas em situações de vulnerabilidade extrema. O treinamento iniciou na segunda-feira, 22. 

Participaram profissionais do próprio Corpo de Bombeiros, além da Polícia Militar, Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), Exército Brasileiro, Base Aérea Boa Vista, Polícia Civil, Sejuc (Secretaria de Justiça e Cidadania) e Guarda Civil Municipal. 

O coordenador do curso, capitão Emerson Lucena, explicou que a formação segue a doutrina ATTS (Abordagem Técnica a Tentativas de Suicídio), criada em São Paulo em 2015 e introduzida em Roraima em 2019. 

“Desde então, temos formado abordadores, que são pessoas preparadas para dialogar e convencer alguém a desistir de tirar a própria vida. A doutrina traz humanização para esse tipo de ocorrência, respeitando a dor e o momento de crise vivido pela pessoa”, afirmou. 

Ele destacou ainda o papel dos profissionais no contato direto com a população. 

“Estamos falando de pessoas que enfrentam um dos momentos mais difíceis de suas vidas. O curso ensina não só o que dizer, mas como agir, gesticular e conduzir o atendimento. Com essa quarta turma, Roraima passa a contar com 120 agentes treinados”, reforçou o capitão Lucena. 

Entre os alunos, o sargento do CBMRR, Cleiton Serrão, ressaltou a importância do aprendizado. “O treinamento ampliou nossos conhecimentos sobre técnicas de conversação, segurança na abordagem e isolamento do local. Também desenvolvemos a capacidade de escuta, compreendendo aspectos psicológicos e de proteção, o que nos prepara melhor para atuar em ocorrências tão delicadas”, disse. 

Estrutura do curso 

Com carga de 50 horas/aula, o curso foi dividido em três módulos: abordagem técnica, abordagem tática e ambientação prática. 

No primeiro, os participantes tiveram contato com fatores que podem desencadear crises e com posturas adequadas para a condução da negociação. O módulo tático tratou de ocorrências em locais elevados, torres de transmissão, pontes, riscos de autoimolação e uso de armas. Já a prática permitiu a execução das técnicas em simulações de diferentes cenários. 

O CBMRR reforça que a população pode acionar a corporação pelo telefone 193.

Fonte: Secom